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ORAR COM PADRE PIO

REZA, TEM FÉ E NÃO TE PREOCUPES.- Padre Pio

28/12/11

A Missa explicada por Padre Pio


"Padre Pio era o modelo de cada padre... Não se podia assistir "à sua Missa", sem que nos tornássemos, quase sem perceber, "participantes" desse drama que se vivia a cada manhã sobre o altar. Crucificado com o Crucificado, o Padre revivia a paixão de Jesus com grande dor, da qual fui testemunha privilegiada, pois lhe ajudava, na missa. 


Ele nos ensinava que nossa Salvação só se poderia obter se, em primeiro lugar, a cruz fosse plantada na nossa vida. Dizia: "Creio que a Santíssima Eucaristia é o grande meio para aspirar à Santa Perfeição, mas é preciso recebê-La com o desejo e o engajamento de arrancar, do próprio coração, tudo o que desagrada Àquele que queremos ter em nós".(27 de julho 1917). Pouco depois da minha ordenação sacerdotal, explicou-me ele que, durante a celebração da Eucaristia, era preciso colocar em paralelo a cronologia da Missa e a da Paixão. Trata-se, antes de tudo, de compreender e de realizar que o Padre no altar É Jesus Cristo. Desde então, Jesus, em seu Padre, revive indefinidamente a mesma Paixão. 


Do sinal da cruz inicial até o Ofertório, é preciso ir encontrar Jesus no Getsemani, é preciso seguir Jesus na Sua agonia, sofrendo diante deste "mar de lama" do pecado. È preciso unir-se a Jesus em sua dor de ver que a Palavra do Pai, que Ele veio nos trazer, não é recebida pelos homens, nem bem, nem mal. E, a partir desta visão, é preciso escutar as leituras da Missa como sendo dirigidas a nós, pessoalmente. 


O Ofertório: É a prisão, chegou a hora... 


O Prefácio: É o canto de louvor e de agradecimento que Jesus dirige ao Pai, e que Lhe permitiu, enfim, chegar a esta "Hora". 


Desde o início da oração Eucarística até a Consagração : Nós nos unimos (rapidamente!...) a Jesus em Seu aprisionamento, em Sua atroz flagelação, na Sua coroação de espinhos e Seu caminhar com a cruz nas costas, pelas ruelas de Jerusalém e, no "Memento", olhando todos os presentes e aqueles pelos quais rezamos especialmente. 


A Consagração nos dá o Corpo entregue agora, o Sangue derramado agora. Misticamente, é a própria crucifixão do Senhor. E é por isso que Padre Pio sofria atrozmente neste momento da Missa. 


Nós nos uníamos em seguida a Jesus na cruz, oferecendo ao Pai, desde esse instante, o Sacrifício Redentor. Este é o sentido da oração litúrgica que segue imediatamente à consagração. 


"Por Cristo com Cristo e em Cristo" corresponde ao grito de Jesus: "Pai, nas Tuas Mãos entrego o Meu Espírito!" Desde então, o sacrifício é consumado pelo Cristo e aceito pelo Pai. Daqui por diante, os homens não mais estão separados de Deus e se encontram de novo unidos. É a razão pela qual, nesse instante, recita-se a oração de todos os filhos: "Pai Nosso...". 


A fração da hóstia indica a Morte de Jesus...
 

A Intinção, instante em que o Padre, tendo partido a hóstia (símbolo da morte...), deixa cair uma parcela do Corpo de Cristo no cálice do Precioso Sangue, marca o momento da Ressurreição, pois o Corpo e o Sangue estão de novo reunidos e é ao Cristo Vivo que vamos comungar. A Benção do Padre marca os fiéis com a cruz, ao mesmo tempo como um extraordinário distintivo e como um escudo protetor contra os assaltos do Maligno... 


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Padre Jean Derobert 


Depois de ter escutado uma tal explicação dos lábios do próprio Padre e sabendo bem que ele vivia dolorosamente tudo aquilo, compreende-se que me tenha pedido segui-lo neste caminho... o que eu fazia cada dia... E com que alegria! Pe Jean Derobert.
 

Palavras do padre Pio


Jesus me consolou. Em 18 de abril de 1912, depois de uma luta terrível contra o inferno, a consolação do Senhor me veio depois da Missa: "Ao final da missa, conversei com Jesus para a ação de graças. Oh quanto foi suave o colóquio mantido com o paraíso nessa manhã!... O coração de Jesus e o meu se fundiram. Não eram mais dois que batiam, mas um só. Meu coração tinha desaparecido como uma gota de água se dissolve no mar... - Padre Pio chorava de alegria.- Quando o paraíso invade um coração, esse coração aflito, exilado, fraco e mortal não pode suporta-lo sem chorar...". Ao Pe Agostinho, 18/04/1912, em "Padre Pio, Transparent de Dieu", J.Derobert.

Confidências a seus filhos espirituais


"Minha missa é uma mistura sagrada com a Paixão de Jesus. Minha responsabilidade é única no mundo", disse ele chorando. 


"Na Paixão de Jesus, encontrarão também a minha". 


"Não desejo o sofrimento por ele mesmo, não; mas pelos frutos que me dá. Ele dá glória a Deus e salva meus irmãos, que mais posso desejar?". "A que momento do Divino Sacrifício mais sofreis?". - Da consagração à comunhão." "Durante o ofertório?. - É neste momento que a alma é separada das coisas profanas." "A consagração?". - É verdadeiramente aí que advém uma nova admirável destruição e criação." "A Comunhão? Na comunhão, sofreis a morte? - Misticamente, sim. - Por veemência de amor ou de dor? - Por uma e outra: mas mais por amor." "Sofreis toda e sempre a Paixão de Jesus?". - Sim, por Sua bondade e Sua condescendência, tanto quanto é possível a uma criatura humana. - E como podeis trabalhar com tanta dor? - Encontro o meu repouso sobre a cruz." "Como nós devemos ouvir a Santa Missa?". - Como a assistiam a Santa Virgem Maria e as Santas mulheres. Como São João assistiu ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrificio sangrento da cruz "". Pe. Tarcísio, Congresso de Udine, 1972. 

 http://www.cot.org.br/igreja/a-missa-explicada-por-padre-pio.php

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1. Padre, o Sr. ama o Sacrifício da Missa?

Sim, porque Ela regenera o mundo.
 

2. Que glória dá a Deus a Missa?

Uma glória infinita.
 

3. Que devemos fazer durante a Missa?

Compadecer-nos e amar.
 

4. Padre, como devemos assistir à Santa Missa?

Como assistiram a Santíssima Virgem e as piedosas mulheres. Como assistiu S. João Evangelista ao Sacrifício Eucarístico e ao Sacrifício cruento da Cruz. 


5. Padre, que benefícios recebemos ao assistir à Santa Missa?

Não se podem contar. Vê-lo-ás no céu. Quando assistires à Santa Missa, renova a tua fé e medita na Vítima que se imola por ti à Divina Justiça. Não te afastes do altar sem derramar lágrimas de dor e de amor a Jesus, Crucificado por tua salvação. A Virgem Dolorosa te acompanhará e será tua doce inspiração.
 

6. Padre, que é sua Missa?

Uma união sagrada com a Paixão de Jesus. Minha responsabilidade é única no mundo. (Dizia-o chorando.)
 

7. Que devo descobrir na sua Santa Missa?

Todo o Calvário.
 

8. Padre, diga-me tudo o que o senhor sofre durante a Santa Missa.

Sofro tudo o que Jesus sofreu na sua Paixão, embora sem proporção, só enquanto pode fazê-lo uma criatura humana. E isto, apesar de cada uma de minhas faltas e só por sua bondade.
 

9. Padre, durante o Sacrifício divino o senhor carrega os nossos pecados?

Não posso deixar de fazê-lo, já que é uma parte do Santo Sacrifício.
 

10. O senhor considera a si mesmo um pecador?

Não o sei, mas temo que assim seja.
 

11. Eu já vi o senhor tremer ao subir aos degraus do altar. Por quê? Pelo que tem de sofrer?

Não pelo que tenho de sofrer, mas pelo que tenho de oferecer.
 



12. Em que momento da Missa o senhor sofre mais?

Na Consagração e na Comunhão.
 

13. Padre, esta manhã na Missa, ao ler a história de Esaú, que vendeu os direitos de sua primogenitura, seus olhos se encheram de lágrimas.

Parece-te pouco desprezar o dom de Deus!?
 

14. Por que, ao ler o Evangelho, o senhor chorou quando leu estas palavras: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue..."

Chora comigo de ternura!
 

15. Padre, por que o senhor chora quase sempre que lê o Evangelho na Missa?

A nós nos parece que não tem importância que um Deus fale às suas criaturas e elas O contradigam e continuamente O ofendam com sua ingratidão e incredulidade.
 

16. Sua Missa, Padre, é um sacrifício cruento?

Herege!
 

17. Perdão, Padre, quis dizer que na Missa o Sacrifício de Jesus não é cruento, mas a sua participação em toda a Paixão o é. Engano-me?

Não, nisso não te enganas. Creio que tens toda a razão.
 

 

18. Quem lhe limpa o sangue durante a Missa?

Ninguém.
 

19. Padre, por que o senhor chora no Ofertório?

Queres saber o segredo? Pois bem: porque é o momento em que a alma se separa das coisas profanas.
 

20. Durante sua Missa, Padre, o povo faz um pouco de barulho...

Se estivesses no Calvário, não ouvirias gritos, blasfêmias, ruídos, e ameaças? Havia um alvoroço enorme.
 

21. Não o distraem os ruídos?

Em nada.
 

22. Padre, por que sofre tanto na Consagração?

Não sejas maldoso... (Não quero que me perguntes isso...)
 

23. Padre, diga-me: por que sofre tanto na Consagração?

Porque nesse momento se produz realmente uma nova e admirável destruição e criação.
 

24. Padre, por que chora no altar, e que significam as palavras que pronuncia na Elevação? Pergunto por curiosidade, mas também porque quero repeti-las com o senhor.

Os segredos do Rei Supremo não podem revelar-se nem profanar-se. Pergunta-mes por que choro, mas eu não queria derramar essas pobres lagrimazinhas, mas torrentes de lágrimas. Não meditas neste grandioso mistério?
 

25. Padre, o senhor sofre, durante a Missa, a amargura do fel?

Sim, muito freqüentemente...
 

26. Padre, como pode estar-se de pé no Altar?

Como estava Jesus na Cruz.
 

27. No altar, o senhor está pregado na Cruz, como Jesus no Calvário?

E ainda me perguntas?
 

28. Como se acha o senhor?

Como Jesus no Calvário.
 

29. Padre, os carrascos deitaram a Cruz no chão para pregar os cravos em Jesus?

Evidentemente.
 

30. Ao senhor também lhos pregam?

E de que maneira!
 

31. Também deitam a Cruz para o senhor?

Sim, mas não devemos ter medo.
 

32. Padre, durante a Missa o senhor pronuncia as Sete Palavras que Jesus disse na Cruz?

Sim, indignamente, mas também as pronuncio.
 

33. E a quem diz: "Mulher, eis aí teu filho"?

Digo para Ela: "Eis aqui os filhos de Teu Filho".
 

34. O senhor sofre a sede e o abandono de Jesus?

Sim.
 

35. Em que momento?

Depois da Consagração.
 

36. Até que momento?

Costuma ser até a Comunhão.
 

37. O senhor diz que tem vergonha de dizer: "Procurei quem me consolasse e não achei". Por quê?

Porque nossos sofrimentos de verdadeiros culpados não são nada em comparação com os de Jesus.
 

38. Diante de quem sente vergonha?

Diante de Deus e da minha consciência.
 

39. Os Anjos do Senhor o reconfortam no Altar em que o senhor se imola?

Pois... não o sinto.
 

40. Se não lhe vem o consolo até à alma durante o Santo Sacrifício, e o senhor sofre, como Jesus, o abandono total, nossa presença não serve para nada.

A utilidade é para vós. Por acaso foi inútil a presença da Virgem Dolorosa, de São João e das piedosas mulheres aos pés de Jesus agonizante?
 

41. Que é a Sagrada Comunhão?

É toda uma misericórdia interior e exterior, todo um abraço. Pede a Jesus que se deixe sentir sensivelmente.
 

42. Quando Jesus vem, visita somente a alma?

O ser inteiro.
 

43. Que faz Jesus na Comunhão?

Deleita-se na sua criatura.
 

44. Quando se une a Jesus na Santa Comunhão, que quer peçamos a Deus pelo senhor?

Que eu seja outro Jesus, todo Jesus e sempre Jesus.
 

45. O senhor sofre também na Comunhão?

É o ponto culminante.
 

46. Depois da Comunhão, continuam seus sofrimentos?

Sim, mas não sofrimentos de amor.
 

47. A quem se dirigiu o último olhar de Jesus agonizante?

À sua Mãe.
 

48. E o senhor para quem olha?

Para meus irmãos de exílio.
 

49. O senhor morre na Santa Missa?

Misticamente, na Sagrada Comunhão.
 

50. É por excesso de amor ou de dor? 

Por ambas as coisas, porém mais por amor.
 

51. Se o senhor morre na Comunhão, continua a ficar no Altar? Por quê?

Jesus morto permanecia pendente da Cruz no Calvário.
 

52. Padre, o senhor disse que a vítima morre na Comunhão. Colocam o senhor nos braços de Nossa Senhora?

Nos de São Francisco.
 

53. Padre, Jesus desprega os braços da Cruz para descansar no Senhor?

Sou eu quem descansa n'Ele!
 

54. Quanto ama a Jesus?

Meu desejo é infinito, mas a verdade é que, infelizmente, tenho de dizer nada e me causa pena.
 

55. Padre, por que o senhor chora ao pronunciar a última palavra do Evangelho de São João: "E vimos sua glória como do Unigênito Pai, cheio de graça e de verdade"?

Parece-te pouco? Se os Apóstolos, com seus olhos de carne, viram essa glória, como será a que veremos no Filho de Deus, em Jesus, quando se manifestar no céu?
 

56. Que união teremos então com Jesus?

A Eucaristia nos dá uma idéia.
 

57. A Santíssima Virgem assiste à sua Missa?

Julgas que a Mãe não se interessa por seu Filho?
 

58. E os Anjos?

Em multidões.
 

59. Padre, quem está mais perto do Altar?

Todo o Paraíso.
 

60. O senhor gostaria de celebrar mais de uma Missa por dia?

Se eu pudesse, não quereria descer do Altar.
 

61. Disseram-me que traz com o senhor o seu próprio Altar...

Sim, porque se realizam estas palavras do Apóstolo: "Eu trago no meu corpo os estigmas de Jesus". "Estou cravado com Cristo na Cruz." "Castigo o meu corpo, e o reduzo à escravidão..."

Nesse caso, não me engano quando digo que estou vendo Jesus Crucificado! (Nenhuma resposta) 


62. Padre, o senhor se lembra de mim na Santa Missa?

Durante toda a Missa, desde o princípio até o fim, lembro-me de ti.
 

A Missa do Padre Pio, em seus primeiros anos, durava mais de duas horas. Sempre foi um êxtase de amor e de dor. Seu rosto estava inteiramente concentrado em Deus e cheio de lágrimas. Um dia, ao confessar-me, perguntei-lhe sobre este grande mistério: 


63. Padre, quero fazer-lhe uma pergunta.

Dize-me, filho.
 

64. Padre, queria perguntar-lhe que é a Missa?

Por que me perguntas isto?
 

65. Para ouvi-la melhor, Padre.

Filho, posso dizer-te que é a minha Missa.
 

66. Pois é isso o que quero saber, Padre.

Meu filho, estamos na Cruz, e a Missa é uma contínua agonia.
 

Tirada de Tradition Catolica, nº 141, nov. 98 citando "Assim Falou o Padre Pio" (S. Giovanni Rotondo, Foggia, Itália, 1974) com o Imprimatur de D. Fanton, Bispo Auxiliar de Vicenza. 



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